Há muitos anos, duas mulheres, duas personagens, fizeram maior sucesso no Brasil: a francesa Giselle Montfort e sua filha, Brigitte Montfort. Vamos conhecê-las?
1) Tudo começou com David Nasser (1917/1980):
Era o ano de 1952. O jornal Diário da Noite estava tendo poucas vendas e Nasser resolveu publicar as histórias de Giselle Montfort, a fim de alavancar as vendas:
Como não conhecia a França, Nasser pediu ajuda a um seu colega, o fotógrafo francês Jean Manzon (1915/1990). Manzon é que explicava como seriam os ambientes por onde Giselle circularia, o que ela veria, etc. Dessa forma, as aventuras da "espiã nua que abalou Paris" começaram a ser escritas...
Jean Manzon
2) Em 1956, os espanhóis Luis de Benito e Juan Fernandes Salmeron criaram a Editora Monterrey. Sete anos depois, em 1963, um dos executivos da Editora, o pernambucano José Alberto Gueiros resolveu editar as histórias de Giselle, só que em formato de bolso. Assim, pagou pouco pelas histórias, reescreveu tudo, a fim de dar-lhe sentido, e estruturando os personagens. Foi dessa forma que, em março de 1964, saiu o primeiro dos quatro livros de bolso que contavam a história da espiã:
O sucesso foi estrondoso, e cada livrinho vendeu cerca de 500 mil exemplares, o que era gigantesco, para a época...
Domenico Leta, da Fernando Chinaglia Distribuidora, chegou a comentar: "essa puta é uma vaca leiteira. Está dando muito leite. Não podemos parar".
Mas Nasser estava trabalhando em O Cruzeiro, e não tinha o menor interesse de dar continuidade às histórias...
A ideia foi criar uma "filha" para Giselle, e Gueiros acabou sendo o "pai" da nova personagem:
Gueiros escreveu as cinco primeiras histórias de Brigitte Montfort, mas percebeu que aquela
empreitada seria difícil, pois lhe exigia 100% de dedicação...
Assim, numa viagem a Barcelona, ele foi apresentado a Antonio Vera Ramirez, que usava o pseudônimo Lou Carrigan...
Adaptado de http://brigittemontfort.blogspot.com.br/
Nenhum comentário:
Postar um comentário